PEDOFILIA/ABUSO INFANTIL (DAC- ATIVISMO)

 Discurso sobre a pedofilia/abuso infantil 

Boa tarde senhoras e senhores hoje venho vos apresentar um tema que é bastante chocante e presente nos dias de hoje. 

Pedofilia para quem não sabe, é um adulto com atração sexual por um menor de idade. Abuso infantil é a ação em si, ou seja, quer seja psicológica, física ou sexual. 

Alguns temas pertinentes são abordados nas escolas, como por exemplo HIV, Sida, sexualidade entre outros, os temas pedofilia e abuso infantil deveriam ter uma conotação mais frequentes no ensino, e serem trabalhados junto de crianças nas várias etapas de ensino, pois este tipo de abusos são frequentes nas famílias. 

A pedofilia é muito vista como se a vitima tivesse culpa, e passo a citar uma frase muito dita pela nossa sociedade “se ela não andasse assim vestida nada lhe acontecia” muitas das vezes ignorando o facto de ser uma criança ,mas pergunto-me quantos de nós já não o dissemos ou ouvimos? 

Na data de 6 de novembro de 2015, diário de notícias documentou, um caso de uma criança que era abusada sexualmente pelo avô desde os seus 4 anos de idade, senhoras e senhores pergunto se esta criança apresentava um conduta indecente com 4 anos idade? A criança foi abusada ate aos 12 anos idade, pergunto, se seria possível que com 12 anos a criança anda-se, passo a expressão “seminua”, que se justifica-se estes atos por parte do próprio avô? Porquê criminalizar a vitima, sendo que os atos são do abusador? 

Foi feito um estudo estatístico dos casos de abuso sexual de menores que foram entregues ás autoridades desde do ano 2014 a 2021.  

No ano 2014 foi registado 1013 casos, em 2015 subiu para 1044, em 2016 houve 979 casos, registou-se uma descida de 65 vítimas em relação ao ano anterior, nos dois anos seguintes houve uma descida de 42 vitimas em 2017 e 2018 houve uma descida de 101 vitimas em relação a 2017. 

Em 2019 houve um aumento em relação a 2018 com mais de 120 vitimas denunciadas á PJ, em 2020 volta a descer com 113 casos a menos e no ultimo ano 2021 em relação ao ano 2020 ouve uma descida irrisória de 15 vitimas denunciadas á PJ. Estes dados são apenas os casos denunciados, se formos analisar quantas mais crianças são abusadas sexualmente e que ficam em silencio enquanto o seu abusador anda em liberdade. É nosso dever alertar e ajudar crianças e jovens que possam estar a passar por algum parecido, cabe a nós divulgar junto dos nossos amigos conhecidos e familiares o quão importante é identificar um caso precocemente, pois os danos psicológicos são irreversíveis é a partir de alertas e conversas simples que podemos chegar perto de crianças que necessitam dos alertas chaves para quando se deparar com uma situação destas, a própria criança possa saber reagir.    

Durante alguns estantes vou-vos falar sobre o abuso infantil mais especificamente abuso psicológico e físico. 

O tema “abuso psicológico e físico” é algo que não só acontece em meios familiares, mas também muitas vezes em escolas, centros de acolhimento e meios hospitalares. São dois temas distintos, mas que andam sempre juntos, quando há um abuso físico normalmente vem sempre associado o abuso psicológico. Vejamos então um caso que aconteceu e veio a publico no dia 31 de maio de 2006 através de diário de notícias, foi um caso de uma professora do centro de reabilitação psicopedagógica da sagrada família ter sido detida, por pontapear, esbofetear crianças, algumas delas com graus de deficiência, e ameaçava as mesmas que se apresentassem queixa, e passo a citar o que foi dito “da próxima seria pior”. Senhoras e senhores será que estas crianças num centro que devia ser um sítio de apoio e ajuda, deveriam ser tratadas pior que muitos animais? 

Abuso infantil representa na sua maioria na classe jovem entre os 11 anos e os 14 anos. 

Mais de 43 mil casos são contabilizados na CPCJ em 2021, grande parte por violência doméstica e negligência, mais de 8,6% do que em 2020. 

Podemos então concluir que crianças, jovens com e sem deficiência e mulheres, são ainda o grande bolo que sofre agressões físicas e psicológicas, há uma urgência em formar a próxima geração que somos iguais independentemente se são homens ou mulheres, crianças ou jovens, somos seres humanos aos quais devemos nos respeitar mutuamente sem intimidação de quem quer que seja. 

Somos nós a nova geração que demos marcar diferença, somos nós que devemos divulgar e sem sombra de dúvida mudar a nossa maneira de ser e de estar... 

Agradeço desde ja a vossa presença neste colóquio, foi um prazer divulgar todas estas informações importantes, espero que vos possa ter deixado a pensar e que juntos possamos fazer diferença. 

Se alguém tiver alguma dúvida ou pretender mais alguma informação poderá coloca-la a partir de agora, ou pode vir falar diretamente comigo pois me encontrarei por aqui durante mais algum tempo... 

Bom dia e Obrigada 

   

 

  Trabalho realizado por: Leonor Crespo